Base chanfrada sobre a qual se sustenta um bloco de nuvens espiraladas com três querubins. Santa veste túnica, sobretúnica, gola, manto e véu. Virgem e Menino possuem olhos de vidro. A composição apesar de esculpida no século XIX, seguindo a tradição da imaginária baiana, apresenta a expansão volumétrica e contorção anatômica típicas da imaginária setecentista de inspiração barroca. Os rasos drapeados do véu e do manto esvoaçantes, além do caimento em formato de "S" do panejamento abaixo da cintura conformam um típico traçado regulador curvo do estilo supracitado. Chama atenção, finalmente, o tipo de ornamentação do estofamento com aplicação de grandes camadas de douramento em florões, típico da imaginária baiana.
Santo e Menino possuem olhos de vidro. São Benedito veste o hábito franciscano com capuz e corda com três nós. Ele segura sobre os braços um pano branco sobre o qual repousa o Menino, que teria lhe aparecido em visões. Descalço sobre base chanfrada, destaca-se ainda o acabamento ornamental rico em florões dourados em esgrafito (este especificamente em pano de linho) típicos da imaginária baiana.
Busto de Monsenhor Francisco Gentil da Costa. Usa barrete, óculos e sua veste apresenta seis botões. Está sobre estrutura de mármore octogonal. Monsenhor Gentil foi o responsável pela construção da atual igreja do Rosário, pois a capela original encontrava-se em estado decadente, com o início das obras em 1953.
Menino veste túnica branca ornada por fitomorfos e arremate dourado na barra. Também usa coroa, símbolo de sua realeza. Mão esquerda segura globo com cruz. A mão direita apresenta os dedos médio e indicador levantados, em sinal de bênção. Possui olhos de vidro e está com os pés descalços.
De inspiração neoclássica, apresenta pilastras com fuste estriado e entablamento com cornija na parte superior. Nas faces anterior e posterior, há um medalhão com relevo de estaurograma adornado com espigas de trigo, as letras gregas Alfa e Ômega e inscrição. Relíquia de Santa Bakhita.
Possui relevo incavo com cruz, inscrição e data.
No centro da representação, sobre bloco de nuvens e à frente de um cortinado com lambrequim, está a Virgem do Rosário cercada pelos arcanjos e o Terço. Acima dos retábulos colaterais, nas extremidades da pintura parietal, se encontram ajoelhados sobre bloco de nuvens São Domingos de Gusmão e Santa Rosa de Lima, vestidos com hábitos dominicanos e portando Rosário e o lírio, símbolo da pureza. Os vazios do conjunto são preenchidos por diversos tipos ornamentais cruciformes, destacando-se ainda o monograma Mariano e as letras Alfa e Ômega na extremidade superior internas.
A Virgem aparece descalça sobre um bloco de nuvens que está suspenso num pé de roseira, trajando túnica, manto e um longo véu - todos brancos - que lhe cai da cabeça aureada aos pés. Ela segura um terço na mão direita e apresenta a esquerda espalmada, em gesto de benção. Abaixo dela, à esquerda, três crianças camponesas observam sua aparição milagrosa ajoelhadas, em gesto de veneração. Do outro lado, equilibrando a composição, há três ovelhas que pastam distraídas. O plano de fundo é um bosque com ponto de fuga principal no horizonte, onde também se vê outras pequenas árvores. O traçado regulador é composto mormente de linhas retas verticais e horizontais, conformando uma representação que observa os cânones classicizantes de volumetria, naturalismo, equilíbrio e proporção. Há uma moldura externa à composição feita por barra de ladrilhos com uma guirlanda continuada de flores.
A Virgem aparece descalça com rosas sob os pés sobre um bloco de nuvens numa gruta, trajando túnica amarrada com uma grande fita azul e um longo véu - todos brancos - que lhe cai da cabeça aos pés. Ela está com as mãos postas em gesto de oração e olha para sua frente. Abaixo dela, à direita, uma camponesa observa sua aparição milagrosa ajoelhada, em gesto de veneração. Do outro lado, equilibrando a composição, há duas ovelhas que pastam distraídas nas margens de um pequeno córrego. O plano de fundo é a gruta com ponto de fuga principal na figura da Virgem. O traçado regulador é composto mormente de linhas retas verticais e horizontais, conformando uma representação que observa os cânones classicizantes de volumetria, naturalismo, equilíbrio e proporção. Há uma moldura externa à composição feita por barra de ladrilhos com uma guirlanda continuada de flores.
Aprumada sobre o globo e pisando a serpente, que ainda possui o fruto proibido na boca, a Imaculada está vestindo túnica, manto e véu, com as mãos postas e mirando abaixo de si com semblante piedoso os seus fiéis. Ela tem olhos de vidro e estofamento com ornamentação fitomórfica semelhante à aplicada na tapeçaria.
Com aplicação de azulejos em tons azuis e amarelos (rememoração da fase rococó). A escada para a fonte tem formato sinuoso, semelhante a um lírio, com abertura em volutas. A temática ornamental básica da pintura azulejar, não obstante, é baseada no emprego do acanto, palmas e fitomorfos/boleados.
Ao ser iniciada a obra da nova Igreja de Nossa Senhora do Rosário, havia a necessidade de água para a sua realização, e relatos da época nos contam que, providencialmente, uma mina d’água surgiu durante sua execução. Durante todo o período da obra até sua conclusão, a água jorrou abundante, e a população petropolitana também fazia uso dela, recolhendo para beber. Foi construída uma fonte em formato de flor de lis, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição acima, para que todos pudessem usufruir de suas águas. No entanto, a mina que surgiu no início das obras e abasteceu toda a sua construção, vem a desaparecer logo após a igreja ter sido concluída, em 1978.